Site do Opus clama pela volta da Censura

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Editorialista do site de supernumerários, Portal da Familia, feitas as hipócritas ressalvas de que não está se referindo à censura mal utilizada - o problema é que o autor não nos diz o que é - nem se é possível - uma censura "bem utilizada" - lamentando os abusos da liberdade, propõe a implantação da censura:

Alguns trechos do artigo "Censura" http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo199.shtml

"A censura foi mal utilizada em muitos lugares e por isso hoje já não existe. Mas devia existir, porque sem ela a sociedade não educa: permite que seja arrasado em poucos minutos aquilo que pais e educadores ajudaram a edificar com grande esforço ao longo de muitos anos.

"Mas não deviam ser apenas os pais a ter essa preocupação com as crianças. Elas não dizem respeito a toda a sociedade? Os governos não se deviam preocupar com isso? Os pais não permitem que entre em casa, por exemplo, uma revista pornográfica, mas os governantes permitem que elas se vendam nas lojas. Isto parece significar que pais e governantes têm preocupações diferentes pelas crianças. Devia haver censura. Com outro nome [o autor não nos diz qual seria esse nome: "orientação de leituras", como no jargão interno da obra?] . Com um nome que refletisse o amor apaixonado dos pais pelos seus filhos, o entusiasmo enorme de uma nação pelas suas crianças.Eu não me importo nada de dizer isto quando não está na moda dizê-lo. Até porque, como não há censura..., ninguém me vem prender.

"Devíamos proteger os nossos - protegermo-nos a nós mesmos - desses negociantes de mãos sujas. Era preciso reduzi-los ao silêncio. Não porque pensem de uma forma diferente da nossa (como sucedia na censura que foi amaldiçoada), mas porque não entenderam que coisa é a liberdade.

Que diferença para com o grande pensador católico espanhol, por duas vezes membro do Pontifício Conselho de Cultura, Julián Marías:

De modo que, por fim, a liberdade - como tantas vezes - é o remédio. Já disse muitas vezes - falando de coisas mais de tipo político, mas que se podem generalizar e transportar a estratos muito mais profundos e muito mais importantes do que a política -, que a liberdade - que tem inconvenientes, que tem males, sem dúvida nenhuma - se cura não suprimindo a liberdade mas com mais liberdade. Que a exerçam todos, não que a exerçam uns quantos em nome dos demais, porque daí se trata de manipulação… Que a exerçam todos, que cada pessoa seja livre, seja realmente livre e aja de acordo com sua liberdade pessoal e então as coisas se equilibram… Persistem as dificuldades, persistem as confusões, persistem os conflitos - a vida humana é conflituosa -, mas afinal se produz pelo menos um incremento da autenticidade, um incremento da veracidade.

http://www.hottopos.com/videtur5/a_moralidade_coletiva.htm